OS LABORATÓRIOS DO TRABALHO DIGITAL. GROHMANN, R. 1. ED. SÃO PAULO: BOITEMPO, 2021.

 

O trabalho mediado por plataformas está presente em toda a sociedade. Termos como “plataformização”, “uberização”, “dados” e “algoritmos” são vocábulos definitivos na gramática do capital contemporâneo. Em contrapartida, as lutas dos trabalhadores também ganharam novos contornos, em artifícios como o cooperativismo de plataforma, o sindicalismo digital e as plataformas de propriedade dos trabalhadores.

 Nesta obra, o cientista social Rafael Grohmann traça um panorama dos estudos sobre trabalho e tecnologia por meio de 38 entrevistas com os principais pesquisadores da área no Brasil e no mundo, como Virginia Eubanks, Jamie Woodcock, Ursula Huws, Ludmila Costhek Abílio e Ricardo Antunes.

Uma das várias lições deste livro é que o cenário atual do trabalho em plataformas não é inevitável como aparenta ser; é, pelo contrário, um laboratório. Se, por um lado, o capitalismo experimenta novos mecanismos de subjugação da classe trabalhadora; por outro, é possível formular alternativas, construir projetos prefigurativos e lutar pela não precarização do trabalho gerido por algoritmos e realizado por milhares de trabalhadores em todo o mundo.

(texto – sinopse/ Editora Boitempo)

A JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS (JOINPP)

A Jornada Internacional de Políticas Públicas (JOINPP) integra a estratégia do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, de ampliar e intensificar sua inserção na comunidade científica nacional e internacional, tendo em vista elevar o padrão da formação acadêmica e da pesquisa científica no âmbito das Políticas Públicas. Nesse sentido, o evento tem como propósito estratégico estimular a produção de conhecimento, a formação de recursos humanos e a troca de experiências entre pesquisadores, em âmbitos local, nacional e internacional.

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EM FOCO - PANORAMA DO RESULTADO LÍQUIDO DE EMPREGOS FORMAIS NO BRASIL E NO MARANHÃO EM 2020 E 2021 NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19

 

A pandemia da COVID-19 já perdura por mais de um ano e trouxe consigo um rastro de destruição de vidas e de postos de trabalho. No País, a falta de cooperação e de articulação entre os entes federados potencializou o impacto da crise sanitária diante de um ambiente econômico frágil, ainda em fase de recuperação lenta e gradual, após a recessão entre o segundo trimestre de 2014 e o final de 2016.

No decorrer do ano de 2020 e no início de 2021, com a implementação de medidas de mitigação da crise, o avanço da vacinação e o relaxamento das medidas de isolamento social, segmentos que estavam afastados puderam retornar às atividades. Todavia, a recuperação vem se apresentado desigual. Enquanto alguns setores conseguiram até mesmo se expandir, como o de Supermercados, Comércio Eletrônico, Farmacêuticos e Agropecuária, outros foram fortemente impactados, especialmente, os de Alojamento, Comercio Varejista, Cuidados Pessoais, Transportes, Atividades Administrativas, Viagens, Construção e Indústria. O desafio atual, então, se baseia em enfrentar a crise multidimensional fomentada pela condução política que o país vivencia na finalidade de retomada e criação de empregos, uma vez que a decisão de empregar se baseia nas expectativas.

Nesta edição do Boletim Periódico do Observatório Social e do Trabalho, realiza-se uma avaliação da evolução do emprego formal celetista no Brasil, com foco especial no estado do Maranhão, no ano de 2020 e nos seis primeiros meses de 2021, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED).

 

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COMPORTAMENTO DO EMPREGO FORMAL EM MEIO À PANDEMIA DA COVID-19: o que apontam os dados do CAGED e da PNADC?

 

Entrevista com o Prof. Dr. Alexsandro Sousa Brito[1] realizada pela Profª. Drª. Valéria Ferreira Santos de Almada Lima[2]

1. O que explica a geração de empregos formais no país em um período marcado por impactos profundos derivados da pandemia da Covid-19?

De fato, os dados parecem indicar uma recuperação do emprego formal. Eu digo parecem porque, embora isso seja verdade quanto à tendência observada a partir do segundo semestre de 2020, talvez, por enquanto, seja prudente relativizar quanto ao nível ou patamar dessa trajetória, que pode ser menor do que os dados atualmente apresentam, embora, evidentemente, isso não diminua a importância da recuperação.

Essa retomada foi favorecida principalmente por quatro determinantes:  a) Pelo desempenho favorável do agronegócio, primeiro setor a se recuperar dos impactos pandêmicos, estimulado pelo mercado interno, pela desvalorização cambial e, principalmente, pela alta dos preços das comodities no mercado internacional; b) Pela capacidade dos governos em mobilizar recursos humanos para o enfrentamento ao COVID-19, particularmente, médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde para ampliar a capacidade hospitalar e de diagnóstico. Não é por acaso, o setor de saúde foi o único segmento a apresentar saldo positivo dentro do setor de serviços, entre março de 2020 e janeiro de 2021;

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[1] Doutor em Ciências Sociais na área de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pelo CPDA/UFRRJ (2017), Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2003) e Economista pela Universidade Federal do Maranhão (2001). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico - PPGDSE e Coordenador do Grupo de Análise da Política Econômica - GAPE.

[2] Doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2004); Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (1996); Economista pela Universidade Federal do Maranhão (1985); Atualmente é Professora Associada do Departamento de Economia e Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em Políticas Públicas e em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade Federal do Maranhão; Pesquisadora do Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas Direcionadas à Pobreza – GAEPP; Pesquisadora do CNPq, Nível 2

 

 

 

Nesta edição do Boletim Periódico do Observatório Social e do Trabalho, na sessão “Em Foco” realiza-se uma avaliação da evolução do emprego formal celetista no Maranhão em comparação com o Brasil, no ano de 2020 e nos seis primeiros meses de 2021, no contexto da Pandemia da Covid -19, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Novo CAGED e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua – PNADC. Esta temática é objeto de debate, na sessão “Atualidade”, mediante entrevista realizada por esta editora com o Professor do Departamento de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade Federal do Maranhão, Alexsandro Sousa Brito, Doutor em Ciências Sociais na área de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pelo CPDA/UFRRJ e Coordenador do Grupo de Análise da Política Econômica – GAPE. Na sessão “Informe Bibliográfico”, destaca-se a obra “Os Laboratórios do Trabalho Digital” de autoria do cientista social, Rafael Grohmann, publicada pela Editora Boitempo em 2021. Finalmente, na sessão “Eventos”, chama-se a atenção para a X Jornada Internacional de Políticas Públicas (JOINPP) a ser promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no período de 16 a 19 de novembro de 2021.

Boa Leitura!

Profª Drª Valéria Ferreira Santos de Almada Lima

Editora Adjunta

expediente

Editora Geral: Profa. Dra. Maria Ozanira da Silva e Silva


Editora Adjunta - Boletim Ano 10, nº 4 Profª Drª Valéria Ferreira Santos de Almada Lima

Projeto Gráfico e Diagramação: Saulo Simões


Publicação bimensal
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