O estudo também encontra justificativa na importância de compreender a saúde da família como uma dimensão que extrapola o atendimento clínico individual e se expande para a comunidade como um todo. Políticas públicas voltadas para a seguridade social, especialmente na saúde, têm o potencial de melhorar a organização e distribuição dos serviços, fortalecendo o vínculo entre os profissionais e as famílias atendidas. Em um cenário como o da Guiné-Bissau, onde o sistema de saúde ainda é fragmentado e carece de investimentos em infraestrutura e formação de profissionais, essas políticas podem servir como exemplo de caminhos para o fortalecimento das redes de saúde e para a construção de um sistema mais inclusivo e eficiente. Ao trazer essa perspectiva para o contexto acadêmico, o estudo busca promover uma reflexão crítica e contributiva sobre como implementar práticas que respeitem as particularidades socioculturais e econômicas locais.

Ademais, a escolha de estudar políticas públicas no campo da saúde da família está alinhada com o reconhecimento da saúde como um direito humano fundamental. A falta de acesso universal e integral aos serviços de saúde contribui para o agravamento das desigualdades sociais, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão em países como a Guiné-Bissau. Ao analisar modelos de políticas públicas que tenham obtido resultados positivos em outros contextos, é possível identificar estratégias que possam ser adaptadas e aplicadas de forma eficaz, promovendo melhorias concretas no bem-estar das populações. Esse processo de intercâmbio de conhecimentos e práticas é essencial para fortalecer a seguridade social e construir sistemas de saúde mais resilientes e justos.